terça-feira, 28 de julho de 2009

Recife (PE) - Vida em pensionato: alternativa para quem estuda longe de casa.

Bianca Silva da Cruz, 18 anos, deixou há quatro meses a cidade de São Sebastião, litoral de São Paulo, onde morava com a família, para fazer o curso de Gastronomia na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a três mil quilômetros de Recife. Na época, a UFRPE era a única instituição pública que oferecia esse curso de graduação.

Com a vontade de ter uma boa formação na área escolhida, Bianca mudou-se para Recife de "mala e cuia" - ou panelas - na mão. Tentou vaga na Casa do Estudante da universidade, mas não conseguiu. Com apenas 135 vagas - 22 para mulheres - a procura é maior do que as vagas e a renda per capita da família do candidato não pode ultrapassar um salário mínimo. O aluno residente recebe, ainda, um auxílio alimentação de R$185.

Sem vaga e sem ajuda, Bianca primeiro tentou morar em um quarto alugado de uma casa de família, mas terminou optando pelo pensionato. Paga R$ 270 ao mês por um quarto individual, com direito a internet. A casa não tem luxo nem personalidade: são três banheiros coletivos para 13 pensionistas.

No pouco tempo em que vive em Recife, Bianca já foi assaltada duas vezes e se sentiu desprotegida, mas já começa a fazer amizades e tem consciência de que vive um momento de aprendizado enriquecedor. Natural de São José dos Campos, ela considerou mais difícil a mudança feita com a família para São Sebastião, há quatro anos, do que esta nova experiência no interior de Pernambuco. Conta com R$ 700 mensais para pagar todas as suas despesas, inclusive o pensionato. Mas ela não reclama. "Estou bem, estou aprendendo", diz, com um largo sorriso.

Estadão.

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