segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Destino de Verão - Itacaré (BA) tem coqueiros, areia branca, muitos paraísos escondidos e uma refrescante brisa.

Deu no "New York Times": Itacaré é um dos 53 lugares do mundo que valem a pena serem visitados no ano de 2008. Ficou em 41º lugar na lista dos pontos turísticos mais badalados -o único do Brasil. Um dos fatores que interferiram na escolha do jornal nova-iorquino é a construção do Warapuru, primeiro hotel seis estrelas do Brasil.

Com uma população fixa de 24.740 habitantes, Itacaré é o segundo município baiano que mais cresce, graças ao turismo. A projeção do IBGE é de que tenha 40 mil habitantes em 2014. Durante o ano 2006, o município recebeu 200 mil visitantes apenas em hotéis e pousadas. No ano seguinte, esperava-se uma retração de 30% a 40%, mas surpreendentemente os números mantiveram-se estáveis, apesar do apagão aéreo.

Mas o que torna este paraíso diferente dos outros quase mil quilômetros de praias que banham a Bahia? Para começar, a paisagem --cercada de água e mata atlântica-- lembra mais a de uma praia do litoral norte paulista ou do sul fluminense. Acrescente ao visual areia branca rodeada de coqueiros, sol em mais de 300 dias do ano, uma refrescante brisa que sopra do mar azul e, aí sim, o tempero e a hospitalidade que só a Bahia oferece. Pronto, você já tem meio caminho andado para entender o segredo do sucesso de Itacaré.

A outra metade você terá de descobrir com suas próprias pernas. E prepare-se, porque poucas das 16 deslumbrantes praias de Itacaré podem ser alcançadas antes de uma boa caminhada. O tempo de percurso nas trilhas varia de 15 minutos a uma hora de duração, e os passeios não são recomendados sem a ajuda de um guia experiente, que conheça bem a região.

Mas não se desespere, porque cada passo vale a pena e o sacrifício exigido é proporcional ao tamanho da recompensa. Prainha, por exemplo, que já foi eleita uma das dez praias mais bonitas do Brasil, exige 40 minutos de caminhada a partir da foz do rio Ribeirinha, que abastece a cidade. Para chegar ao Siriaco, são apenas 15 minutos a pé, mas a praia mesmo só existe durante a maré baixa. Na alta, a água encobre as pedras e a areia.

Quanto mais difícil o acesso, mais bela e deserta é a praia, mas isso não significa que Itacaré condena os preguiçosos ao mau gosto. Pelo contrário. As praias mais acessíveis, como Concha e Resende, não devem nada aos melhores balneários do país e ainda configuram-se em verdadeiras passarelas de gente bonita, sejam nativos, estrangeiros que se apaixonam pelo lugar e ali fixaram residência ou jovens de todas as tribos que passam temporada atrás de ondas e badalação.

Badalação que atrai celebridades do mundo todo. Já foram vistos em Itacaré a atriz italiana Mônica Bellucci, o ator Vincent Cassel e a princesa Caroline de Mônaco. A família Marinho tem uma mansão na cidade e atraiu consigo uma verdadeira legião de astros globais, como o ator Reynaldo Gianecchini e a apresentadora Glória Maria, que só conseguem se esconder dos fãs quando hospedados no resort Txai, cujas diárias podem chegar a R$ 2.200.

Habitada inicialmente pelos índios Pataxós, Itacaré foi batizada pelos jesuítas no século 18 com o nome da igreja que ali ergueram e até hoje segue de pé: São Miguel da Barra do Rio de Contas. Elevada à categoria de município em 1732, só foi batizada Itacaré (pedra torta) em 1931. A exploração turística de Itacaré é recente, quando foi asfaltada a estrada Parque Ilhéus-Salvador (BA-001), em 1998. Até então, aquele era um recanto quase que exclusivo dos surfistas e de alguns poucos aventureiros.

O ideal é passar no mínimo sete dias na região e deixar para escolher os passeios de acordo com o tempo. Reserve os dias nublados -se é que você vai ter esse privilégio- para fazer rafting nas corredeiras de Taboquinhas, arvorismo, passeios de canoa pelo rio de Contas ou de lancha pela costa. Não se esqueça de incluir entre os passeios uma visita à cachoeira do Tijuípe.

À noite, Itacaré ganha ares cosmopolitas na Pituba, onde a farta variedade de opções gastronômicas atrai famílias, casais e solteiros. O agito pode atravessar a madrugada, mas a maioria das casas com som dançante -do forró pé-de-serra à música eletrônica- fecha por volta da meia-noite. Afinal, com tanto o que fazer durante o dia, nada mais recomendável que uma boa noite de sono para recuperar a energia para a caminhada do dia seguinte.

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